Porquanto a vivência do contato com o mundo é costumeiramente impedida, massificada, aniquilada e reprimida desde a infância, são necessários lugares que, num movimento contrário, viabilizem este viver.
Não se trata simplesmente de anunciar que “as pessoas podem ser elas mesmas”. De certa forma, é exatamente isso que elas não conseguem fazer, uma vez que o meio social luta através de seus dispositivos de poder para massificar e normalizar os corpos, de forma a produzir servos para seus interesses.
É necessário então que o clínico possa tomar posturas que, num movimento contrário, viabilize o surgimento da espontaneidade e do desejo, muitas vezes desconhecida pelos próprios sujeitos que o procuram.