Sobre o processo diagnóstico em Gestalt-Terapia

No raciocínio técnico-científico gestáltico, o diagnóstico não é concebido como um processo isolado, visto que qualquer contato entre terapeuta e cliente provoca um efeito e é automaticamente “interventivo”, ou seja, “toda identificação diagnóstica implica intervenção terapêutica” (Müller-Granzotto e Müller-Granzotto, 2007. p.325). Também não deve ser produzido de forma unilateral, mas colaborativa, o que significa que […]

O papel do corpo em Gestalt-Terapia

Para o público geral a expressão “psicologia corporal” pode parecer um disparate. Afinal, para o senso comum a psicologia é a ciência da mente compreendida como interioridade. Por consequência, o método de trabalho nas formas clássicas de psicoterapia é predominantemente verbal. Não por acaso, até hoje quando vemos um psicoterapeuta nas representações de mídia – […]

O que faz um bom Gestalt-Terapeuta?

Hoje na volta do consultório percebi em mim um certo sentimento satisfatório decorrente do que acreditei ser um trabalho bem feito. Por estranho que seja, num Gestalt-Terapeuta – como este que vos fala – isso pode gerar certo pânico, uma vez que a clínica gestáltica se pretende como metodologia não dogmática, ou seja, que não […]

O labirinto

É frequente que, ao final de processos terapêuticos, seja impossível explicar o quê ali se passou. Isso não indica uma falta de autoconhecimento do cliente ou uma falta de conhecimento do terapeuta, mas sim que essa experiência não se pautou só na racionalidade, no aspecto teórico e conhecido, mas também que foi atravessada pela dimensão […]

Imergir

Praticar a Gestalt-Terapia é ter coragem para imergir nas vivências daqueles que nos procuram. Fazer isso é dispor-se a perder o próprio centro de segurança, abdicar da necessidade de recorrer a diagnósticos, objetivos, explicações, e outras formas de impedir a ansiedade, a angústia, o sofrimento, o excitamento. Praticar a Gestalt-Terapia é viver cada um desses […]

Qual o resultado da Gestalt-Terapia?

Para os criadores da Gestalt-Terapia, a experiência aqui-e-agora é rica o suficiente em detalhes, complexidade e profundidade – histórica e afetiva – para nos dar, a cada nova sessão, um critério intrínseco a ela mesma. Isso significa que a cada novo acontecimento, o Gestalt-Terapeuta se orientará não pela norma social ou mesmo pelas teorias psicológicas […]

Alta na Gestalt-Terapia

Pode parecer contraditório com tudo que falo aqui escrever sobre “alta”. Afinal de contas, não é o Gestalt-Terapeuta aquele que não sabe o melhor pro cliente? Não é ele aquele que não decide nada, mas convoca e provoca o exercício da autonomia? Tudo isso é verdade. A princípio, a ideia de alta em terapia parece […]

O que é contato?

Sem dúvida alguma, a Gestalt-Terapia é uma abordagem de contato. Em geral, interpreta-se isso da seguinte forma: terapeuta e cliente entrarão um em contato com o outro, e esse encontro poderá ser frutífero e transformador. Apesar de ser parcialmente verdadeira, essa forma de interpretar o contato é superficial. A profundidade – muitas vezes esquecida – […]

O passado já passou?

A Gestalt-Terapia é frequentemente conhecida como a terapia do aqui-e-agora. Embora esse de fato seja um conceito fundamental em nossa teoria e prática, frequentemente foi simplificado e virou um estereótipo. Em sua versão simplificada e empobrecida, o aqui-e-agora é meramente o presente, sem passado e sem futuro: sem história e sem desejo. Quando os fundadores […]

Ética Gestáltica

Pode-se dizer que a Gestalt-Terapia não só tem uma ética, mas também é uma ética. Isso porque seja onde for realizada – não necessariamente em um consultório – os métodos, técnicas e a postura gestáltica nos fazem encontrar algo “outro”, algo “diferente”, para usar a linguagem do livro “Gestalt-Terapia” de 1951, viver uma “novidade”. Neste […]