O labirinto

Matheus Ribeiro

Matheus Ribeiro

É frequente que, ao final de processos terapêuticos, seja impossível explicar o quê ali se passou. Isso não indica uma falta de autoconhecimento do cliente ou uma falta de conhecimento do terapeuta, mas sim que essa experiência não se pautou só na racionalidade, no aspecto teórico e conhecido, mas também que foi atravessada pela dimensão afetiva e desconhecida.

Ao contrário, quando o terapeuta acredita saber, prever e controlar de antemão – como um cientista experimental ou um gestor de planejamento estratégico – o que será vivido, aonde se vai chegar, nenhuma novidade surgirá, nada será criado, não há mudança possível.

Ou seja, na Gestalt-Terapia, quando há contato, os envolvidos perdem o controle excessivo sobre o que se passa e se deixam ser tocados, envolvidos por algo que não é nem de um nem do outro.

Saem dali sendo mais do que eram antes: cresceram. Em alguma medida, é necessário perder-se no labirinto de afetos para poder se transformar.

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