A hora de fugir

Matheus Ribeiro

Matheus Ribeiro

Viver não é apenas sentir e aceitar, mas também deliberar, rejeitar o que há de ser rejeitado. Muitas vezes o objeto rejeitado não pode ser aniquilado do campo, e resta então a possibilidade de excluir a própria presença para criar outras possibilidades: fugir.

Diferentemente do que poderia ser imaginado inicialmente, fugir não tem, em si, nada de neurótico. É um ato que pode demonstrar a capacidade de resolver criativamente um problema.

Pelo contrário, o sujeito inibido, neurótico, não consegue aniquilar o objeto rejeitado e nem fugir: mantém-se em uma situação incômoda e doentia, as custas dos próprios nervos: não faz nada.

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