Sobre nossos monstros

Matheus Ribeiro

Matheus Ribeiro

Os afetos podem ser inibidos, mas nunca totalmente reprimidos. Tornam-se um fundo de dor para outras experiências. Continuam a inundar a superfície ocasionalmente, mas, dessa vez, são experienciados como algo perigoso, monstruoso, destruidor, anti-social, como algo a ser dominado e controlado, impedido de chegar à superfície, ao ato, à expressão.

Ao rompermos com o processo inibitório e efetuarmos o ato que expressa o afeto inibido, muitas vezes percebemos que este não era assim tão monstruoso, destruidor, anti-social: o que lhe dava essa aparência era precisamente o fato de “ser pintado com as cores vívidas do proibido” (Gestalt-Terapia, p.142).

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